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O Bom Gestor sabe Aprender com seus Erros.

No âmbito da gestão, sobretudo na área de saúde, os fracassos devem ser evitados ao máximo, porém os bons gestores sabem que precisam tolerá-los e até mesmo incorporá-los na busca por inovações e pela evolução da instituição. Desta forma, é preciso reconhecer a utilidade e o valor do fracasso.

Para isto, há três passos que podem ser sistematicamente implementados:

  • Revisão e análise dos processos errôneos;
  • Compartilhamento das lições aprendidas e
  • Verificação do padrão de fracassos.

Então primeiro, deve-se avaliar o projeto fracassado, isso requer uma reflexão pessoal e em equipe sobre todo o encadeamento das ações, idealmente, revisando e documentando cada etapa, sem julgamentos.

  • O cenário foi bem avaliado no início do projeto?
  • Existiram suposições e previsões equivocadas?
  • Como foi o trabalho em equipe?
  • Quão eficazes são os processos institucionais, culturais e estruturais?
  • Como aumentar as habilidades individuais e da equipe?
  • Alguma oportunidade e necessidade de desenvolvimento ficou em evidência?
  • Quais foram os custos diretos (material, trabalho e produção)?
  • Quais foram os custos externos (reputação)?
  • Quais foram os custos internos (desperdício, moral da equipe)?
  • E, por fim, quais as lições que se podem levar deste projeto?

Após este momento reflexivo, como falamos, é preciso disseminar todo conteúdo e experiência adquiridos por toda a instituição, tanto por meios formais como também através de abordagens informais. Com isso, além de prevenir novas falhas, é possível construir confiança e propiciar oportunidades para novas iniciativas.

O terceiro passo é ter uma visão global da instituição para examinar se a abordagem sistêmica do fracasso está sendo eficaz.

  • Os gestores e colaboradores estão aprendendo com seus erros?
  • As lições estão sendo debatidas por toda a instituição?
  • Elas estão ajudando a melhorar a qualidade, as estratégias e a execução da gestão e dos demais processos de trabalho?
  • Está sendo monitorado o processo de tomadas de decisão?
  • Qual é a taxa de fracasso da instituição?
  • Qual o limite aceitável para esta taxa?

Portanto, o bom gestor não deve temer o fracasso, deve extrair o quanto mais a sua aplicabilidade. Ao aprender com cada erro, pequeno ou grande, transmitir as lições e aferir periodicamente estes processos, o gestor estará assegurando que sua instituição caminhe de forma mais eficiente na direção correta.

Médico de Família e Comunidade pelo Centro Universitário Serra dos Órgãos (2009) e Título de Especialista em Gestão em Saúde Pública pela Universidade Federal Fluminense (2015). MBA em Gestão Hospitalar e Serviços de Saúde pela Faculdade Redentor (em conclusão). Cursando o Mestrado Profissional em Gestão de Tecnologia e Inovação na Saúde, na área de Saúde Coletiva, do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês (2015-2017). Experiência na área de Medicina e Saúde Coletiva, com ênfase em Medicina de Família e Comunidade e Gestão de Saúde Pública.

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