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Existe Intimidação Feminina no ambiente de Trabalho?

Gritos, intrigas e sabotagem: sinais reveladores de que um bully está em ação, montando armadilhas para colegas a cada passo.

O termo bully, em inglês, é usado para designar a pessoa que pratica o bullying, uma atitude de agressividade física ou psicológica continuada, com o objetivo de intimidar ou prejudicar alguém dentro de um grupo.

Em tempos de crise, como o que estamos passando, os níveis de estresse, no ambiente de trabalho, ficam cada vez mais altos, e é onde esses tais encrenqueiros tendem a se tornar mais agressivos e a incrementar o ataque.

No segmento saúde, a área assistencial é composta em sua maioria por profissionais do sexo feminino. Neste texto iremos falar sobre mulheres intimidando outras mulheres no ambiente de trabalho.

Em uma pesquisa conduzida pelo Workplace Bullying Institute, grupo de apoio as vítimas de bullying. Os bullies do sexo masculino têm uma abordagem igualitária ao agir, atacando homens e mulheres relativamente na mesma proporção. Já as mulheres parecem preferir outras mulheres como alvo em mais de 70% dos casos.

Mas, o que é isso? e Como acontece?

A simples menção de mulheres intimidando outras mulheres no ambiente de trabalho parece estremecer as bases do movimento feminista. Como é que as mulheres podem romper as barreiras da discriminação no trabalho se são obrigadas a evitar os ataques verbais de outras mulheres em escritórios, corredores e salas de reunião?

Sim amigos, muitas mulheres sofrem diariamente ataques de suas superiores.

A maioria das mulheres não gostam de falar sobre o assunto, pois considera ser algo tão antiético em relação à maneira que supostamente as demais deveriam se comportar em relação a suas colegas de trabalho. Elas esperam que suas companheiras sejam acolhedoras e solícitas.

Pergunte as mulheres sobre disputas entre elas no ambiente de trabalho e algumas irão destacar que pessoas de ambos os sexos podem agir com má conduta. Outras irão concordar, com um movimento de cabeça imediato, enumerando exemplos de como as mulheres, muito mais do que os homens, as maltratam.

Já ouvimos relatos de muitas profissionais de enfermagem, que foram humilhadas, e até mesmo sabotadas, que acabaram desistindo de trabalhar em determinado hospital, pois não conseguiram suportar a forma como eram tratadas por suas “lideranças”. Em alguns casos, essa humilhação começou em entrevistas de emprego, onde as profissionais se sentiram em frente a um pelotão de fuzilamento, formado por uma única pessoa, que seria sua futura superior.

Há outros casos, de chefes de enfermagem, que convocaram reuniões com todos os seus colaboradores, para criticar determinada profissional, que deixou de realizar determinado procedimento, deixando-a em um situação vexatória, perante aos seus colegas.

Especialistas em liderança se perguntam se as mulheres estão sendo excessivamente agressivas por existirem tão poucas oportunidades de avanço, no mercado em que atam.

Podemos imaginar, que uma razão que leva as mulheres a escolherem outras mulheres como alvo talvez seja, a ideia de que elas podem encontrar alguém menos confrontante ou menos propenso a responder a agressão com outra agressão.

Infelizmente ainda há muitas mulheres que trabalham em hospitais ou clínicas, que tem medo de falar abertamente sobre o assunto, temendo tornar a situação ainda pior, ou mesmo colocar em risco suas carreiras. Porém este problema só terá uma solução, quando todos profissionais, seja de qual sexo for, começarem a expor o que tem passado, para que as direções das instituições em que trabalham, passem a observar melhor o que vem acontecendo, e possam tomar uma atitude, que cesse este tipo de conduta, de quem deveria ser o exemplo para os demais.

Ficar caladas somente irá dar mais oportunidades para essas bullies continuarem agindo assim. Portanto, se já sofreu, sofre, ou conhece alguém que está passando por uma situação como esta, denuncie, para que todos possam conviver pacificamente no ambiente de trabalho, e possam realizar suas funções de forma tranquila.

Assim todos saem ganhando, tanto os profissionais, que podem trabalhar de forma mais sossegada, quanto a instituição, que não terá uma taxa de rotatividade de profissionais tão elevada, e principalmente os clientes, que com certeza serão tratado de forma mais humanizada.

Administrador Hospitalar pelo Centro Universitário São Camilo. Ampla experiência em rotina administrativa hospitalar, negociação de valores de materiais de alto custo e atendimento ao cliente. Busca se aprimorar com conhecimentos para a gestão e motivação de pessoas no ambiente hospitalar. Experiência em relacionamento com clientes, busca de novas parcerias e negócios.

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