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Inclusão Social, solução ou obrigação?

Inclusão social é um tema que está sendo muito veiculado em todas as empresas, e em todas as mídias, porém ao falar sobre o assunto, precisamos saber do que se trata.

Inclusão social é um conjunto de meios e ações que combatem a exclusão aos benefícios da vida em sociedade, provocada pela falta de classe social, origem geográfica, educação, idade existência de deficiência ou preconceitos raciais.

Inclusão social é oferecer aos mais necessitados oportunidades de acesso a bens e serviços, dentro de um sistema que beneficie a todos e não apenas aos mais favorecidos no sistema meritocrático em que vivemos.

Baseado nesse conceito, o governo cria leis para tentar garantir que as pessoas que são portadoras de necessidades especiais, por exemplo, sejam contratadas pelas empresas, para que possam ganhar seu sustento.

Em toda essa história, existe algo a ser discutido. De forma indiscutível, acredito que essas pessoas devem ser contratadas sim, e deveriam também ser qualificadas para que possam se desenvolver e alcançar os postos que mais se adequem a suas competências, tão elevados quanto daqueles que não tem deficiência alguma.

Claro que temos que separar o joio do trigo, pessoas com um déficit de atenção, com certo retardo mental, que estão dentro das organizações, e não podem ser cobrados além da sua capacidade, muitas vezes não conseguem desenvolver-se mais, estes com certeza permanecerão nos mesmos cargos em que ingressaram na instituição.

Em outros casos, há aqueles que têm deficiência física, estes sim devem ser estimulados por seus superiores a desenvolverem mais seu potencial intelectual, sua capacidade de resolver problemas, de buscar respostas para determinada situação em que se encontram.

Para ilustrar este pensamento vou citar dois casos. Conheço uma pessoa que trabalha em uma instituição bancária, como em todas as instituições, sujeitas à lei, contratam profissionais portadores de necessidades especiais, um dos profissionais contratados sempre foi tratado por seus superiores, e cobrado pelo seu potencial, não sendo descriminado por sua deficiência. Ele mesmo dizia que não estava ali somente por uma determinação governamental, mas sim porque tinha potencial para ocupar o cargo em que estava. Este profissional sempre buscou o seu desenvolvimento intelectual, profissional e pessoal, fez curso universitário e segue firme na sua carreira.

Mas também tenho outro caso, que segue exatamente o caminho contrário deste primeiro, e ocorreu infelizmente em uma instituição da área da saúde. A profissional contratada para realizar algumas funções, com o mesmo tipo de deficiência que o profissional do primeiro caso, apesar de que também foi incentivada, simplesmente não tinha o menor interesse em se desenvolver, dizia que não queira se esforçar tanto, porque sabia que não teria as mesmas oportunidades que os outros, dentro da instituição, então faria o mínimo possível para não ser demitida.

Ao analisar estes dois casos, pergunto:

  • Será que a legislação está realmente ajudando estas pessoas a serem inseridas na sociedade?
  • Está prejudicando às empresas?
  • É suficiente ser deficiente para cobrir uma vaga?
  • Por que algumas pessoas com certas restrições têm um pensamento tão negativo frente as suas possibilidades?
  • Por que as instituições de saúde não investem mais na capacitação desses profissionais?

Definitivamente, os conceitos devem mudar, os profissionais que têm potencial para se desenvolverem, devem ser incentivados, ser desafiados, ter seu intelecto desenvolvido e suas competências bem gerenciadas, oferecer-lhes as condições necessárias para que possam se sentir a vontade dentro da organização, sem aquele sentimento e pensamento de que estão ali por uma determinação governamental, mas que estão nessa posição pelo seu potencial e que fazem parte da equipe de tal forma que possam ajudá-la a evoluir cada vez mais.

Administrador Hospitalar pelo Centro Universitário São Camilo. Ampla experiência em rotina administrativa hospitalar, negociação de valores de materiais de alto custo e atendimento ao cliente. Busca se aprimorar com conhecimentos para a gestão e motivação de pessoas no ambiente hospitalar. Experiência em relacionamento com clientes, busca de novas parcerias e negócios.

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