Muitas pessoas ainda pensam que qualquer pequena empresa em seu período inicial pode ser considerada uma startup. Outros dizem que uma startup é uma empresa que tem custos de manutenção muito baixos, mas que consegue crescer rapidamente e gerar lucros cada vez maiores.
A verdadeira definição hoje, e que parece satisfazer melhor aos especialistas e sobretudo, aos investidores, diz que: uma startup é um grupo de pessoas à procura de um modelo de negócios repetível e escalável, trabalhando em condições de extrema incerteza.
Definitivamente não é uma definição à qual estamos acostumados, porém é a mais real. Justamente é esse cenário de incerteza que se transforma no fator determinante para que as startups precisem de algumas características esenciais:
1. Inovação. – A inovação é o DNA de toda startup, ter a capacidade de enxergar o mercado de forma criativa, única e totalmente fora do comum, criando soluções ou construindo novos mercados. A startup precisa ter algo diferente, seja no seu produto/serviço ou no modelo de negócio, de forma que isto seja uma vantagem competitiva.
2. Escalabilidade. – o modelo de negócio de uma startup precisa ser escalável, isto é, poder crescer aceleradamente sem exigir na mesma proporção recursos humanos ou financeiros.
1. Flexibilidade. – Talvez a qualidade número um de qualquer startup seja a flexibilidade, a capacidade de se adaptar rapidamente às mudanças do seu ambiente. Isso significa que seus criadores têm que ser flexíveis com o trabalho e as funções que exercem, com os processos da organização e até com o modelo de negócio.
2. Ousadia. – Se existe uma qualidade comum a toda startup é a sua ambição e a certeza de que ela é capaz de fazer as coisas melhor que os grandes players do mercado. Essa ousadia é o combustível da inovação e da capacidade de criar, indo por um caminho que ninguém explorou.
3. Pressão. – Trabalhar sob pressão para conseguir resultados é sem dúvida outro denominador comum das startups, ainda mais quando o capital inicial é próprio e a verba apertada. A pressão permite que a startup trabalhe em busca da estratégia mais adequada e que permita validar suas hipóteses o más logo possível.
4. Foco. – Todos os componentes da startup devem ter claro os objetivos que ambiciona a empresa e acreditar que a ideia realmente funcionará. Só assim se consegue que todos trabalhem motivados, com energia e em equipe.
5. Métricas. – As novas startups precisam verificar rapidamente que sua hipótese é verdadeira, e para isso é necessário ter indicadores que demonstrem que seu serviço está modificando positivamente o comportamento e os hábitos do seu público-alvo.
7. Organização Simples. – As startups estão formadas por empreendedores decididos a mudar o mundo, por isso precisam estar sempre interligados, sem hierarquias complicadas, funções bem definidas e em um ambiente de trabalho comum, que permita uma rápida comunicação, seguimento e controle.
8. Capacidade de Mudar. – Quando uma startup detecta os primeiros sintomas de que a estratégia não está dando os resultados esperados, deve ser capaz de refazer o modelo de negócio para alcançar os objetivos. Pode ser também que precise otimizar o próprio produto ou serviço, ou até transformá-lo para adaptá-lo a seus clientes.
9. Feedback. – Não há dúvida que o feedback dos clientes é o timão que dá a direção de toda startup. Não falo de pesquisas de satisfação, nem do serviço de atendimento ao cliente, aqui falo de verdadeiros feedbacks, feitos com pesquisas de mercado, que servirão como um novo degrau para direcionar, planejar e estabelecer novas estratégias, para construir o que os clientes necessitam.
10. Velocidade. – A rapidez para adaptar-se, para mudar, para criar, para reformular estratégias, para enxergar e criar novos mercados, novas possibilidades de monetização, novas oportunidades de negócios, será fundamental para chegar primeiro.
Dr. Edgar Luna
Médico especialista em Administração Hospitalar e Marketing em Saúde. Autor do composto "10 P's do Marketing em Saúde". Professor do curso online Marketing Estratégico para Clínicas e Empresas de Saúde. CEO da HMDoctors, Assessor da Stratas Partners (Suíça) para o acesso ao mercado hospitalar brasileiro, Consultor de Gestão de Carreira e Marketing Médico, e Revisor de artigos e publicações sobre Gestão, Empreendedorismo e Marketing em Saúde para a revista eletrônica Gestão e Saúde da Universidade de Brasília - UNB. Formado em medicina com pós graduação em epidemiologia, formado em administração hospitalar e MBA em organizações hospitalares e sistemas de saúde pela FGV. 16 anos de experiência em hospitais públicos, privados, institutos de pesquisa clínica e consultor para empresas nacionais e multinacionais.