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Farmacêutico Hospitalar como Peça-Chave para reduzir a Taxa de Reinternação.

Os principais problemas na hora de tomar a medicação são produzidos porque os pacientes não entendem corretamente, quando e como tomar seus medicamentos ou até quando continuar tomando-os, levando essas dúvidas para casa após a alta.

Como consequência, visitas ao pronto socorro e reinternações por parte de pacientes que não tomam seus medicamentos ou que tomam erroneamente, custam ao sistema de saúde dos Estados Unidos entre US$ 250 bilhões e US$ 300 bilhões por ano.

Mas, como evitar esses erros e diminuir a taxa de reinternação dos pacientes? Os erros de medicação podem ser evitados se os farmacêuticos hospitalares participarem ativamente da educação dos pacientes hospitalizados, sobre o uso dos medicamentos, e tiverem um controle deles em casa. Por essa razão, muitos hospitais estão aumentando a comunicação entre seus pacientes e farmacêuticos hospitalares.

Para isso, é necessária a criação de um serviço que permita que os pacientes possam falar diretamente com um farmacêutico hospitalar, a qualquer momento durante a internação, bem como após a alta, por meio de uma linha de consulta direta: “Pergunte ao Farmacêutico”.

Se pudermos fazer com que o paciente tome sua medicação corretamente, poderia-se evitar que o paciente retorne mais facilmente ao ambiente hospitalar e assim reduzir as taxas de reinternação.

Segundo a Agency for Healthcare Research and Quality’s Project RED, um programa que foi coordenado por farmacêuticos, junto à equipe de enfermagem e médicos de atenção primária de um hospital nos EUA, reduziu a taxa de reinternações em 24% durante o período desde que foi implantado.

Para Maria Clausen, diretora assistente de farmácia no Gottlieb Memorial Hospital, os farmacêuticos desempenham um papel fundamental na parceria hospitalar para reduzir os eventos adversos a medicamentos e melhorar a forma de tomar os mesmos. Além disso, o acesso permanente a um farmacêutico hospitalar reforça a missão do hospital de focar os cuidados centrados no paciente e zelar pela sua segurança.

Contudo, para que essa parceria funcione, os farmacêuticos devem estar sempre em comunicação aos médicos, enfermeiros e toda a equipe hospitalar que cuida dos pacientes, assim como serem treinados de forma adequada para esse atendimento.

 

Médico especialista em Administração Hospitalar e Marketing em Saúde. Autor do composto "10 P's do Marketing em Saúde". Professor do curso online Marketing Estratégico para Clínicas e Empresas de Saúde. CEO da HMDoctors, Assessor da Stratas Partners (Suíça) para o acesso ao mercado hospitalar brasileiro, Consultor de Gestão de Carreira e Marketing Médico, e Revisor de artigos e publicações sobre Gestão, Empreendedorismo e Marketing em Saúde para a revista eletrônica Gestão e Saúde da Universidade de Brasília - UNB. Formado em medicina com pós graduação em epidemiologia, formado em administração hospitalar e MBA em organizações hospitalares e sistemas de saúde pela FGV. 16 anos de experiência em hospitais públicos, privados, institutos de pesquisa clínica e consultor para empresas nacionais e multinacionais.

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