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Como definir os papéis na Equipe para Resultados de Alta Performance.

“É comprida a estrada que vai desde a intenção até à execução.”

A frase de Molière, que inicia este texto, traz como reflexão os dilemas envolvidos desde a concepção de um projeto até sua execução. Nesta última etapa não podemos nos furtar da escolha correta da equipe. Para se conseguir um “time” que dê resultados de Alta Performance, precisamos partir da escolha dos membros para depois implementarmos o planejamento, execução e validação.

Ao longo de nossa experiência desenvolvendo gestão de equipes, de vários portes, constatamos que os resultados são melhores alcançados quando selecionamos um grupo pelas suas habilidades. Se precisamos de resultados rápidos e robustos, errar na escolha dos componentes pode gerar uma resposta mediana e pouco satisfatória para os objetivos que se deseja.

Percebo que uma característica da área da saúde é a tendência de seus profissionais acabarem se fixando em uma “caixinha” porque as rotinas são muito estáveis e a mão de obra escassa. Assim, quando se acha um candidato à altura da vaga, ele acaba sendo aproveitado no perfil desta vaga ao invés de se levar em conta suas características e potenciais para o cargo.

Acredito que este também pode ser um dos motivos da grande rotatividade da área, associado, claro, a outros fatores como média salarial de mercado, burn-out ou necessidade de mudança de rotina.

Identificar o perfil do seu profissional antes de tudo é a demonstração máxima de valor que a instituição pode dar a ele.

Embora o RH possua as ferramentas ideais para esta identificação, muitas clínicas não dispõem de softwares de avaliação de perfil comportamental (que são de alto custo) e muitos gestores, por não entenderem o perfil da vaga solicitada, acabam contratando com base quase que exclusivamente nas experiências pregressas e referências de últimos empregos.

As contratações e as seleções de equipes de alta performance passam exclusivamente por dois tipos básicos de perfis: os planejadores e os executores.

Listo aqui algumas características destes perfis, porém não podemos nos esquecer que as pessoas não se comportam exatamente desta maneira. Há de se levar em consideração as gradações no perfil de cada um, do contrário não teríamos, por exemplo, um excelente auditor (perfil mais executor) com senso crítico de planejador.

Planejador: Tende a focar nos detalhes, gosta de conduzir os processos, são mais calmos para agir, executam com mais lentidão uma tarefa, gostam de ser notados, propõem ideias, gostam da inovação, dinâmicos e participativos, não são favoráveis à mudança e sob tensão tendem a desesperar.

Executor: Ágeis na resolução das tarefas, gostam de desafios, se adaptam às mudanças constantes, não gostam de ser notados, gostam da praticidade, se dão bem com a rotina, tendem a realizar muitas tarefas em conjunto e tendem a “travar” ou desanimar sob tensão.

Pensando desta forma, para analisar indicadores, nada melhor que um executor (ele adora análises críticas), mas para criar um indicador quem se destaca é o planejador (ele tem o perfil ideal para criar). Para conduzir reuniões, o planejador tende a demorar mais e dispersar, pois ele não tem muita paciência com as rotinas. Já o executor, faz questão de cumprir a pauta e fazer atas.

Consultor na área da Saúde com foco em administração e gestão estratégica. Auditor, especializado em Auditoria de Gestão, Governamental, Financeira e de Qualidade em instituições de saúde, sempre atentando para as soluções de mercado e padrões das Certificadoras ISO/ONA. Administração Pública pela UEMG. MBA em Liderança e gestão Estratégica pela HSM. MBA em Auditoria e Gestão da Qualidade pela UNA.

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