Blog

Realmente o Profissional de Saúde sabe usar as Redes Sociais?

Nesta ocasião, gostaríamos de lhes fazer um questionamento que há tempos percebemos, Quais são as principais razões para os profissionais de saúde não atuarem, ainda, de maneira profissional em canais de redes sociais?

Existem algumas boas suspeitas, mas antes de falarmos delas, é importante falar sobre esse cenário que, ao contrário do que alguns ainda imaginam, não há mais volta, não há como fugir ou tentar atuar de forma superficial.

Uma premissa básica da boa comunicação, diz que a gente tem estar onde as pessoas estão. E não há como questionar, as pessoas estão na internet, elas estão nas redes sociais, sejam pessoais, ou profissionais. Somente o Facebook soma mais de 1 bilhão de usuários no mundo. Esse número sozinho já é maior que a população da grande maioria dos países mundo afora. Desse total, 751 milhões acessam a rede via mobile. No Brasil, são mais de 62 milhões de perfis. E esse pessoal todo produz uma média de 3,5 bilhões de conteúdos por semana.

O Twitter acumula mais de 500 milhões de usuários, quase 47 milhões somente aqui em nosso país. E a produção de conteúdo na rede é frenética, 400 milhões de tweets diários. Google+ conta com 500 milhões de usuários, sendo que os brasileiros possuem a terceira colocação no número de perfis na rede, com 9 milhões de pessoas.  O Instagram já comemora mais de 130 milhões de instagramers, Linkedin ultrapassou a marca de 230 milhões de perfis, Pinterest mais de 70 milhões. Sem falar no YouTube, o segundo mais buscador do planeta com 3 bilhões de vídeos assistidos diariamente.

Os números são impressionantes. E o impacto do que é feito nas redes também. E por que então, a maioria dos profissionais de saúde ainda não usam as redes de forma profissional?… Visto que a internet tem papel preponderante na educação e orientação do paciente. Faça uma busca e veja quantos perfis relevantes de médicos ou profissionais sérios da saúde você encontra.

Seguem algumas razões, que acreditamos, sejam fatores importantes, para que estes profissionais ainda não utilizem as redes sociais, de uma forma mais estratégica:

1. Ainda não temos uma legislação clara sobre o uso da internet e redes sociais na área da saúde. Tampouco orientações ou diretrizes sobre como isso interfere diretamente na prática médica. Alguns conselhos de classe ainda nem sabem como atuar sobre determinados assuntos. E algumas utilizações já geram polêmicas pela falta de critérios claros de quem pode o quê, como temos visto principalmente em perfis de profissionais de fitness e nutrição no Instagram.

2. Medo do desconhecido. A grande maioria dos profissionais de saúde e médicos não estudaram esse fenômeno nas universidades e tampouco há “receita” do que e como fazer. Na dúvida, a melhor maneira é enfrentar o admirável mundo novo e aprender como tirar proveito disso tudo.

3. Medo da exposição. Meu paciente virou meu amigo no Facebook, e agora?… Aceita que dói menos. As pessoas estão nas redes, as dúvidas sobre saúde também, logo, eles querem lhe acessar de maneira rápida e fácil. E dá para fazer isso com ética e o respeito que a profissão merece.

4. Vou perder meus pacientes em consultório. Ao contrário, o contato e a avaliação humana são insubstituíveis. Agregue qualidade, facilidade e rapidez à experiência do seu paciente ajudando-o também via redes sociais. Ele vai lhe agradecer e se tornará um cliente fiel.

Como podemos ver, há ainda, muito receio em utilizar as redes sociais, porém, como foi dito em uma outra matéria, estes dispositivos vieram para facilitar o trabalho de todos nós, fazendo com que tenhamos mais acesso aos pacientes, e possamos auxiliá-los mesmo quando não estão dentro dos nossos hospitais, ou clinicas.

[easy_contact_forms fid=2]

Jornalista e Especialista em Marketing Digital. Mais de 15 anos de experiência na definição de estratégias de marketing institucional, de negócios, marketing médico e de relacionamento com clientes e imprensa. Amplo conhecimento e habilidade na gestão da reputação e crises, relacionamento com imprensa; projetos de presença digital e redes sociais. Grande conhecimento na área da saúde, incluindo trabalhos para Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital São Luiz, Hospital do Coração, Laboratórios Roche, Sociedade Brasileira de Dermatologia, entre outros. Cursos em Medicine X na Stanford University, Redes Sociais e Inovação Digital na ESPM, Gestão do Intangível, além de Marketing Digital – Links Patrocinados – Goobec no Google e inúmeras palestras sobre saúde e redes sociais.

10 comentários em: “Realmente o Profissional de Saúde sabe usar as Redes Sociais?

  1. Penso que o principal entrave para os profissionais de saúde usarem as redes sociais é o desejo de fazer isso “bem feito”, sem que isso lhes cause mais trabalho paralelo. Além disso, precisa haver retorno.

    Páginas em redes sociais são um excelente canal de comunicação, levando informação e orientação aos “fãs” do profissional de saúde, clínica ou hospital, mas se isso não for revertido em marcações de consultas e exames, pouco interesse o profissional terá em manter a página.

    Uma forma efetiva de converter os “likes” em agendamento de consultas é incorporar a página
    um aplicativo que permita ao paciente-fã, agendar consultas com facilidade e rapidez.

    Um exemplo disso é a página do Instituto de Laser (www.facebook.com/instlaser), onde o paciente pode, ali mesmo, agendar um tratamento para o qual ele recebeu informação e se interessou. A solução utilizada neste caso é utilizada também no site do Instituto e dentro da clínica, convertendo todos os agendamentos para um único ponto de controle e administração.

  2. Sempre a troca de informações tem seu valor, o difícil e não polemizar em cada esfera do saber.

  3. Sim, com certeza em uma sociedade que tem o preconceito velado em quase todos os espaços, seria muito difícil que não houvesse na saúde, nas seleções de RH existe preconceito contra idade, localização, número de filhos, estatura, obesidade e qualquer outra característica que os selecionadores acharem justas. Esta é a realidade, por isso os profissionais devem estar preparados mesmo, aprendendo idiomas, estudando sempre fazendo pós graduação, e aproveitando oportunidades ou mesmo criando-as, pois sair do lugar comum é o que leva o profissional de saúde em especial o Enfermeiro, Técnicos e Auxiliares a conseguirem suas oportunidades, network também é importante. Abraço!

  4. Não há volta, teremos que aprender a usar, usar para o bem. As redes são aliadas poderosas para ganhos de eficiência e produtividade.

  5. Os profissionais de saúde de forma geral – e não apenas os médicos – devem seguir as orientações de seus conselhos de classe, que deve ampliar este debate e lançar diretrizes, pois isto pode ser temeroso do ponto de vista ético, se não regulamentado.

  6. Interessante as possíveis razões descritas. Mas realmente estamos a procura de uma proximidade maior com aqueles que nos atendem, principalmente, da nossa saúde. Alguns serviços de saúde que utilizo tem páginas no face com dicas de alimentação e cuidados com a saúde.
    Bem válido seu questionamento!

  7. Acho que só pensam em trabalho e não tem tempo para se dedicar a administrar páginas e contas. E também muitos não sabem como fazer.

  8. Creio que levantar esta polêmica é bastante interessante e atual, pois, ela é um instrumento com múltiplas facetas e quando bem utilizada e de maneira responsável, auxilia, aproxima e educa. Talvez já esteja na hora de colocar o uso da multimídia (redes sociais, internet) como uma disciplina no curso de formação dos profissionais de saúde, como curso de atualização para professores e nos conselhos de classe como cursos livres, assim naturalmente ela se tornaria nossa aliada, nos auxiliando no nosso desenvolvimento profissional. Obrigada pela matéria.

  9. Gostei da resenha! Interessante mesmo, nós profissionais da saúde até usamos, porém não podemos postar fatos, eventos que são restritos unicamente ao contexto hospitalar ou demais instituições e estabelecimento de saúde. Boa parte dos hospitais e empresas da saúde que trabalhei constavam no contratado a proibição de divulgação de imagem internas, de processos administrativos ou assistenciais, de pacientes e até mesmo a citação em trabalho científico sem prévia autorização da diretoria. Nada pode ser divulgado, exceto pelo próprio serviço de marketing. Hoje em dia, todos querem se resguardar de processos. Portanto prevalece a ética em primeiro plano.

Deixe uma resposta para Ana Maria da Paz Santos Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

× Como posso lhe ajudar?