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Como Transformar Ideias em Resultados?

Se você já teve alguma vez uma ideia que achava inovadora e não chegou a concretizá-la, ou ela virou realidade, porém você não teve o sucesso esperado, com certeza algo errado aconteceu ao longo do processo de desenvolvimento desse projeto.

Pois bem, quando falamos de projetos de ideias inovadoras, estamos falando em criar algo novo, não necessariamente estamos falando de inventar algo, é sim de criar um produto ou um serviço, que terá um nível de incerteza, grande ou pequeno e onde dificilmente encontramos parâmetros de referência, pelo que existe um alto risco de insucesso, se não seguimos algumas fases fundamentais para seu gerenciamento.

O gerenciamento de projetos inovadores precisa ter um caminho distinto ao gerenciamento de projetos em geral, onde os processos segundo o PMBOK (Project Management Body of Knowledge) são: Início, Planejamento, Execução, Monitoramento e Controle, e Encerramento.

Devido a que projetos inovadores são apostas no futuro que queremos construir, é preciso sistematizar um método de gerenciamento onde o aprendizado sobre questões desconhecidas sejam esclarecidas o mais rápido possível, esse aprendizado se torne melhoria e essa melhoria seja implementada, gerando o resultado que almejamos.

Buscando uma melhor alternativa, encontrei que a 3M, um grupo econômico multinacional americano de tecnologia diversificada, organizado em unidades de negócios reunidas em 6 grandes mercados: Indústria & Transporte; Saúde; Consumo & Escritório; Segurança; Produtos Elétricos & Comunicação; Controle de Tráfego & Comunicação Visual, utiliza uma metodologia denominada ICEI.

ICEI são as iniciais de: Idealizar, Conceituar, Experimentar e Implementar; fundamentos do processo de gestão da inovação, formando uma cadeia de valor. Esse processo se apresenta em quatro fases, distintas em sua contextualização, porém na prática elas formam um conjunto em todo momento, exigindo competências distintas das empresas e dos profissionais.

A primeira fase é a Idealização, o processo mental criativo para a geração do objeto de desejo com qualidades excepcionais tecidas na sua imaginação. Quer dizer que seu cérebro potencializará todas as coisas positivas e vantagens da sua ideia.

Geralmente nesta primeira etapa, o idealizador só fala com pessoas em quem confia, porque precisa ter doses de positividade e motivação para seguir em frente, também tem receio de que sua ideia seja “roubada”. Por isso, a ideia passa por um brainstroming muito subjetivo, porém ainda assim, na maioria dos casos a ideia consegue ser melhorada.

Aqui é necessário fazer uma pausa para lhe dizer que se você está com uma ideia realmente inovadora, converse sobre ela com a maior quantidade de pessoas possível. Não tenha medo de receber feedbacks positivos e negativos, porque ninguém vai “roubar” sua ideia e implementá-la da forma que você quer. Uma ideia é só isso, uma ideia, está na sua cabeça, na sua imaginação e só você acredita que ela é tão boa, como você acredita.

Porém, cabe a possibilidade de que alguém consiga copiar sua ideia ou seu projeto, então você poderia se perguntar, se realmente era tão inovador assim? Mas não se lamente por isso, fique feliz de ter concorrente, porque lembre-se, é só uma cópia, você como idealizador, poderá sempre imaginar mais e superar seu próprio produto. A única verdade é que você precisa pesquisar e muito para achar outras fontes de inspiração.

A segunda fase é a Conceituação, que consiste no momento de ser realmente avaliado por terceiros para ampliar o potencial da ideia e definir um conceito. Esses terceiros podem ser futuros consumidores, profissionais competentes no assunto, empresas parceiras, etc.

Entenda que muitas vezes a ideia parece boa, mas quando o cliente compra o produto, e o experimenta, identifica uma série de restrições, que não são necessariamente falhas, mas que precisam ser melhoradas para sua aceitação.

Outras vezes, o consumidor até valoriza a solução, mas técnica ou financeiramente há problemas. Por isso, a gestão de projetos inovadores é um processo de refinamento e adaptação constante.

Quando o contexto é imprevisível e a informação escassa, amplia-se a dificuldade da tomada de decisão. Nessa situação, é necessário que aprendamos o mais rápido possível sobre as apostas estratégicas de devemos fazer.

A Experimentação é a terceira fase, ela reduz as incertezas e acelera a criação da estratégia vencedora. Quanto mais cedo ela emergir, mais rápido seu protejo irá ter sucesso. A realização de projetos-piloto, simulações e testes rápidos é a melhor forma de averiguar a aderência das soluções com o público, antes de levá-las ao mercado.

A última fase da cadeia de valor da inovação é a Implementação. Reduzidas às incertezas, é hora de seguir adiante e acelerar a expansão da nova ideia, produto, processo ou modelo de negócio. Essa fase demanda atenção às técnicas mais comuns de gestão de projetos, como: escopo, prazos, cronograma e gestão de pessoas.

A melhoria dos resultados de gestão da inovação depende da eficácia com que gerenciamos cada uma dessas fases. Essa é a forma de transformar ideias em resultados, portanto, mãos à obra.

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Médico especialista em Administração Hospitalar e Marketing em Saúde. Autor do composto "10 P's do Marketing em Saúde". Professor do curso online Marketing Estratégico para Clínicas e Empresas de Saúde. CEO da HMDoctors, Assessor da Stratas Partners (Suíça) para o acesso ao mercado hospitalar brasileiro, Consultor de Gestão de Carreira e Marketing Médico, e Revisor de artigos e publicações sobre Gestão, Empreendedorismo e Marketing em Saúde para a revista eletrônica Gestão e Saúde da Universidade de Brasília - UNB. Formado em medicina com pós graduação em epidemiologia, formado em administração hospitalar e MBA em organizações hospitalares e sistemas de saúde pela FGV. 16 anos de experiência em hospitais públicos, privados, institutos de pesquisa clínica e consultor para empresas nacionais e multinacionais.

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