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Acreditação como Indicador de Evolução.

No mundo corporativo atual, as empresas buscam evoluir constantemente, porque sabemos, o mercado em que atuam passou a exigir mais qualidade na fabricação de produtos e na prestação de serviços.

Desde a Constituição de 1988, onde se define a saúde como direito social universal, fazendo com que desta forma os hospitais deixem de ser o centro do modelo assistencial, transferindo aos municípios a gestão dos serviços de saúde, passou-se a observar a importância do desenvolvimento de instrumentos gerenciais relacionados com a avaliação dos serviços oferecidos à população.

No início da década de 90, as indústrias passaram a buscar os selos de qualidade, como o ISO 9000, que por um tempo foi utilizado também pelos hospitais, porém viu-se a necessidade de criar uma regulamentação específica para o segmento saúde, surgindo desta forma, as acreditações que existem atualmente, como por exemplo, a ONA, que tem como objetivos a implantação e implementação de um processo permanente de melhoria da assistência à saúde estimulando os serviços a atingirem padrões mais elevados de qualidade.

A organização prestadora de serviços de saúde que aderir ao processo de acreditação, estará revelando sua responsabilidade e seu comprometimento com a segurança, com a ética profissional, e com procedimentos que realiza, esta metodologia de gestão ajuda a melhorar a qualidade dos serviços prestados e manter a sustentabilidade das empresas. Fazendo com que as mesmas se destaquem no mercado, e passem a ser vistas como uma organização que está sempre em busca de aprimorar seu atendimento, e manter a confiança de seus clientes quando estão sob os seus cuidados.

Não podemos generalizar, imaginando que este modelo de gestão, veio para engessar condutas profissionais, nem tão pouco privilegiar outros, e sim, padronizar o atendimento, garantir a qualidade do mesmo, levando segurança aos clientes, quando optam por utilizar os serviços em instituições acreditadas.

Entende-se que o futuro será das organizações que possuírem algum tipo de certificação e que de certa forma, isso quebrará o paradigma da fragmentação da saúde, proporcionando serviços que realmente atendam as necessidades da população.

Em uma empresa todos tem o seu valor. Assim como no corpo humano, nenhum órgão é mais importante que o outro. Imagine você se o intestino parasse de funcionar, o que seria do coração!

Toda ferramenta de gestão é flexível, quando a necessidade se faz presente. E as vezes é preciso de fato, mudanças nos protocolos. É necessário criar mecanismos de avaliação constante, elaboração de padrões, quali e quantitativamente, mais imparciais nos aspectos estrutura, processos e resultados, para não sermos surpreendidos pelo inimigo, que nos monta armadilhas pelas nossas rotinas.

Abaixo, podemos ver a missão, visão e valores da ONA:

Missão: Incentivar o setor saúde para o aprimoramento da gestão e da qualidade da assistência, por meio do desenvolvimento e evolução de um sistema de acreditação.

Visão: Tornar a Acreditação ONA reconhecida pela população brasileira como sinônimo de segurança, qualidade e credibilidade de serviços de saúde, até 2020.

Valores:

  • Credibilidade;
  • Confidencialidade;
  • Aperfeiçoamento contínuo;
  • Desenvolvimento participativo;
  • Transparência em suas ações;
  • Respeito individual e coletivo;
  • Sustentabilidade como fator de crescimento.

Existem dois tipos de certificação:

  • ACREDITAÇÃO. – Destinado às Organizações Prestadoras de Serviços para a Saúde, aos Serviços Odontológicos e aos Programas da Saúde e Prevenção de Riscos.
  • SELO DE QUALIFICAÇÃO ONA. – Destinado aos Serviços para a Saúde.

A avaliação para ACREDITAÇÃO pode resultar em: Acreditado, Acreditado Pleno, e Acreditado com Excelência.

A avaliação ao SELO DE QUALIFICAÇÃO ONA pode resultar em: Selo de qualificação ONA.

Com o processo de globalização, muitos têm acesso a informação com maior facilidade, dessa forma, a instituição que consegue se destacar, tendo a preocupação constante em prestar um serviço de melhor qualidade, tem a possibilidade de fidelizar seus clientes, e evoluir cada dia mais.

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Enfermeira formada pela UEMG, Faculdade de Enfermagem e Obstetrícia de Passos - MG. Mestrado em Ciências da Educação pelo Instituto Superior Pedagógico Enrique José Varona - Cuba. Especialista em Geriatria e Gerontologia pela Faculdade São Camilo - BH. Especialista em Acreditação: Gestão da Qualidade em Serviço de Saúde pela Faculdade de Ciências Médicas - BH. Experiência como docente; coordenação, supervisão e assistência em enfermagem.

8 comentários em: “Acreditação como Indicador de Evolução.

  1. Processos de gestão de qualidade se fazem necessários e são imprescindíveis a qualquer entidade séria que lida com saúde.
    A Acreditação é um certificado importantíssimo, pois avalia a unidade de saúde como um todo e por ser uma certificação voluntária, demonstra a vontade da direção da empresa e o seu comprometimento com a manutenção de tal qualidade.
    Jamais senti, em nenhuma auditoria das quais participei, alguma intimidação por parte do órgão certificador, até porque, como citei acima, é uma certificação voluntária e não há apenas um órgão acreditador no país…
    As auditorias externas são periódicas e a revalidação do certificado depende do resultado da mesma, então quem perde a qualidade durante o ano, corre o sério risco de perder seu certificado… O processo de Acreditação é contínuo, ou seja, a cada ano os requisitos são mais apertados, ou seja, o sistema tem que mostrar afetivamente uma melhora, o que é muito bom para a empresa.
    Trabalho como Consultor para Laboratórios que desejam o certificado de Acreditação e vejo como o processo de Implantação e posteriormente Manutenção do certificado fazem bem à toda a equipe.
    Abraço

  2. Entendo que a qualificação é uma exigência do mercado e da sociedade, no entanto, acredito que todo serviço ou produto deveria ter qualidade e seriedade independente de uma certificação. Como o colega já mencionou, existem vários locais seja de produtos ou serviços com qualificação mas que apresentam falhas. Ter a certificação não é o mais difícil, é trabalhoso e requer mudanças, mas o manter com a mesma dedicação, eficiência e eficácia é o problema, uma vez que a rotatividade é uma realidade e manter uma educação, supervisão e auditoria constante nem sempre é fácil!! Mas com certeza temos que seguir o mercado pra sobreviver….

  3. Acredito que sim, porém é extremamente importante manter de forma continua os processos e atividades executadas, assim como realizar periodicamente as avaliações e auditorias internas conforme as que antecederam a conquista para certificação, desta forma literalmente podemos afirmar que “os meios justificam o fim”.

  4. Selo de qualificação, será que é importante ter?

    Depende muito da ótica da alta direção. O que tenho visto, infelizmente, é um alvoroço enorme em torno de acreditação e da obtenção do selo. Hoje, qualquer bitaca tem um selo de nível 2 pregado na porta. Qualquer uma.
    Vejo hospitais com três, às vezes quatro certificações – uma delas internacional – faturando em torno de 13 milhões/mês e com um percentual de glosa em torno dos 9% mês. Ora, será que a empresa que preparou esse hospital, bem como a que veio certificá-lo não checou o processo de faturamento, a gestão dos contratos?

    Infelizmente, acreditação rima com prostituição. E o que tenho visto é um vasto mercado de incautos comprando serviços de preparação para certificação sem, sequer, saber analisar indicadores, relatórios, etc. Bom para quem prepara a empresa e bom para quem vem auditá-la. Para a empresa mesmo… muito investimento e nenhum retorno.

    Além disso, as operadoras não reconhecem esse esforço dos prestadores de serviço em se qualificarem. A unimed BH. dava um incentivo na adesão,no nível 2 e depois no 3. Não sei se continua. Parco incentivo, mas dava. As demais, entretanto, não dão a mínima para a certificação. Nem os médicos, diga-se de passagem. Nunca ouvi de um médico:”opero ou atendo nesse hospital em função do selo ou da certificação”. Agora pensemos: se os médicos e as operadoras não dão a mínima para isso, que dirá os pacientes… não tem a menor ideia dessa história de acreditação, certificação.

    Aliás, as operadoras no Brasil compram serviços pelo menor preço e não pelos resultados gerados pelos prestadores. Ou seja, a operadora celebra contrato pelo menor preço, o que obriga os prestadores a disputarem migalhas. É o que Porter chama de soma zero, ou seja, dinheiro tem – e muito – a questão é que o recurso é aplicado sem gerar um retorno adequado.

    Quando as operadoras começarem a analisar resultados para remunerar os prestadores, aí sim as ferramentas da qualidade começarão a ser utilizadas para a melhoria contínua dos resultados dos processos. Enquanto isso não acontecer, acreditação continuará a rimar com prostituição.

  5. Creio que é importante, mas, também vejo-o como um meio perigoso de “PODER”, forma-se um status de “inquisidor” aos que emitem este selo. Talvez pude-se ser rotativo a empresa emissora, considerando a melhor avaliada, ou as melhores avaliadas. Outro ponto importante, ao meu ver, é a atualização periódica deste selo de qualidade, assim evitaria que a qualidade dos produtos fossem decaindo, após receberem a certificação (selo). Agradeço o ponto levantada para questionamento. Boa semana a todos.

  6. Essencial para a empresa enfrentar e permanecer no atual mercado competitivo, clientes ;pacientes agora são mais informados sobre seus direitos e sabem dos riscos do ambiente hospitalar- A gestão de riscos, os investimentos nos processos de segurança assistencial e melhoria continua dos processos hospitalares, de fato reduzem os índices de infecções , complicações- o pulo do gato é se fato os hospitais que já foram acreditados, certificados mantém a política de Gestão da qualidade em plena atividade, efetividade e garantindo a melhoria contínua dos processos assistenciais e gerenciais, oferecendo de fato segurança assistencial ao paciente.

  7. Entendo que não é prioritário, pois o fundamental é que haja na prática, seja pela operadora, prestador de serviço ou equipe assistencial, superação no atendimento ao paciente. Para isto, não necessariamente se precisa deste tipo de selo de qualidade, pois já vi muitas instituições que se dizem acreditadas, mas que falham (e muito) em práticas primárias que afetam negativamente o principal elo: o paciente…

  8. Bom dia,
    A acreditação é para mim um acréscimo ao meu favor. Quando trabalho com padrões,de atividades o risco contaminação tanto, funcionário-paciente, paciente-paciente. É diminuído, a segurança passa a ser quase 100%, a satisfação do cliente é notória em suas expressões. e comentários.
    E a nossa realização profissional, surge uma sensação de felicidade, realização profissional. Foi o que presenciei nos meus estágios e quando supervisiono estágios.

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