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Gestão de Custos nas Instituições de Saúde.

Atualmente as Instituições de Saúde vivenciam um momento de avaliação dos seus custos diários, a constante cobrança dos seus clientes, clientes cada vez mais exigentes, a necessidade de modernização, incorporação de novas tecnologias, e a busca constante pelo alto grau de eficiência, tem sido a preocupação e o monitoramento constante por parte dos gestores no que diz respeito aos custos da sua instituição.

Em um período em que as margens de lucro diminuem, o gerenciamento eficaz de custos é uma das alternativas para o sucesso de toda instituição. Daí a necessidade de um alto grau de comprometimento das práticas administrativas, em que o foco da qualidade do serviço prestado não se configura somente na assistência, mas também nos resultados, maximizando dessa forma a vantagem competitiva da instituição. Dessa forma a qualidade associada à utilização racional dos recursos deve ser mais um desafio para o gestor em saúde.

Evidenciamos uma transformação conceitual no setor de saúde em relação a sua permanência no mercado, e uma das principais ferramentas de apoio gerencial, com foco em resultado financeiro, tem sido a apuração do seu custo e os benefícios que este propicia a instituição perante o mercado.

Portanto, diminuir custos em instituições de saúde não é uma tarefa fácil pela própria natureza dos serviços prestados. Apesar dessas dificuldades, o gerenciamento de custos, com vistas à otimização dos recursos torna-se imprescindível e um importante fator para o tão esperado equilíbrio financeiro e o aumento da qualidade dos serviços oferecidos.

Dallora (2007) afirma que os gestores possuem baixo conhecimento sobre os conceitos de custos hospitalares. Além disso, as informações de custos disponibilizadas são pouco aproveitadas, não são bem compreendidas e, segundo os respondentes, não representam a realidade da área. A melhoria desse resultado requer maior capacitação e conscientização dos gerentes dos centros de custos e também aprimoramento do sistema de gestão institucional, de forma a propiciar maior autonomia e responsabilização dos gerentes.

É importante enfatizar que a responsabilidade de reduzir custos encontra seu alvo na otimização dos recursos disponíveis na instituição, sem afetar, contudo, a funcionalidade e qualidade dos produtos e serviços, devendo esta otimização de recursos ser um objetivo permanente nas instituições que buscam a excelência, como atesta o Programa Nacional de Gestão de Custos (BRASIL, 2006).

Para isso, se faz necessário uma gestão com muita competência, criatividade e flexibilidade para gerir e reduzir custos, formar corretamente os preços de compra e venda de produtos e serviços, construindo assim uma estrutura organizacional eficaz.

Gerir custos requer um controle adequado dos estoques, evitando perdas e devoluções, atualização de preços, tanto da compra quanto da venda de produtos e serviços, controle dos indicadores da assistência, como: entrada, permanência e saída dos clientes, bem como exames e procedimentos realizados. Dessa forma a gestão de custos não depende somente do gestor financeiro, mas também dos gestores das unidades de serviços e até mesmo do grupo operacional, uma vez que estes são os profissionais que estão envolvidos diretamente com a assistência.

Partindo desse princípio, conclui-se que relatórios mensais, reuniões e exposições dos números devem ser repassados a todos os níveis da organização, objetivando assim uma gestão participativa, onde todos poderão colaborar para o estabelecimento e cumprimento de metas, tornando a instituição sustentável ao longo de sua trajetória no mercado.

Os gestores de saúde precisam compreender que, eficiência e a eficácia gerencial envolvem certamente a questão do custo. A excelência institucional exige eficácia em custos aliada à qualidade do serviço prestado e consequente satisfação dos clientes. Entretanto, a apuração dos custos em estabelecimentos de saúde é um trabalho complexo, consequência direta da variedade de serviços prestados e que demanda, entre outras condições, a delimitação dos centros de custos e um eficiente sistema de informações.

Enfermeiro. Especialista em Gestão da Saúde e Administração Hospitalar. Experiência como Enfermeiro Assistencial e Supervisor de Serviço de Atenção Domiciliar, como Professor de Curso Técnico em Enfermagem, como Assessor e Representante Técnico Comercial de Produtos Médicos Hospitalares. Palestrante e Facilitador de Workshop de Feridas e Primeiros Socorros.

2 comentários em: “Gestão de Custos nas Instituições de Saúde.

  1. Uma gestão de custos, para ser eficaz, deve ultrapassar os limites da área financeira. É preciso o completo envolvimento, compreensão dos processos e comprometimento de todos os colaboradores. Requer mudança cultural, e essa é a parte mais difícil.

  2. Uma das formas para reduzir custos operacionais nos hospitais é reduzir os custos com energia e aumentar a eficiência energética através da implementação de gestão de energia e de soluções de monitorização.

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