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Em que consiste o processo da Organização Nacional de Acreditação – ONA.

O processo da Organização Nacional de Acreditação – ONA está relacionado ao projeto de implantação da qualidade e melhoria dos processos de trabalho em saúde.

A ONA tem por objetivo geral, promover o desenvolvimento e a implementação de um processo permanente de avaliação e de certificação da qualidade dos serviços de saúde, permitindo o aprimoramento contínuo da atenção, de forma a garantir a qualidade na assistência à saúde de nossos cidadãos, em todas as Organizações Prestadoras de Serviços de Saúde (OPSS) do país.

Para fins de acreditação, Organizações Prestadoras de Serviços de Saúde são definidas como entidades jurídica e legalmente constituídas, nas quais se prestam serviços de assistência médica, de tipo hospitalar, hemoterápico, laboratório, e patologia clínica, ambulatorial e pronto atendimento, diagnóstico e terapia, atenção primária à saúde, assistência domiciliar, e transporte especializado em saúde, de caráter estatal ou privado, com ou sem fins lucrativos, sob a responsabilidade de uma diretoria.

Esse processo de avaliação para certificação é de responsabilidade das Instituições Acreditadoras Credenciadas pela ONA. Essa atividade é desempenhada pela equipe de avaliadores das Instituições Acreditadoras Credenciadas, tendo como referência as Normas do Sistema Brasileiro de Acreditação e o Manual Brasileiro de Acreditação – ONA específico.

Dessa forma, é necessário preparar à candidata para a acreditação conforme os requisitos estabelecidos pela ONA, considerando os níveis:

  • Nível 1: Acreditado – princípio segurança,
  • Nível 2: Acreditado Pleno – princípio gestão, e
  • Nível 3: Acreditado com Excelência – principio excelência em gestão. Para poder garantir um nível superior na acreditação, todos os requisitos do nível anterior deverão estar previamente atendidos.

Tudo isso acontece seguindo alguns passos importantes para sua implementação como: Diagnostico interno, Implantação de melhorias, Avaliação do avanço, Diagnóstico externo, Nova Implantação de melhorias, Avaliação para a acreditação.

Sendo acreditado, a OPSS passa a estabelecer benefícios como: Utilização racional dos recursos humanos e financeiros; Transferência de tecnologia através da qualificação da equipe do projeto para a manutenção da certificação após a conclusão do projeto; Construção de uma equipe para identificação e implementação de oportunidades de melhorias nos processos e serviços prestados; Segurança para pacientes e profissionais; e Qualidade da assistência prestada.

O nível ONA 1 determina: Identificação dos requisitos legais e técnicos mínimos para a existência no negócio, Identificação da cadeia de valor e processos-chave, Mapeamento e padronização dos processos primários e de apoio, Identificação dos riscos e definição de mecanismos de controle, Elaboração do Plano de Objetivos e Metas Organizacionais, Avaliar e implantação da Gestão por Competências, Ficha de indicadores básicos de qualidade e segurança, Protocolos clínicos conforme perfil.

O nível ONA 2 determina: Estabelecimento de mecanismos de controle para os processos-chave e de apoio, Gerenciamento do desempenho para processos-chave e de apoio, Estabelecimento de programa de educação continuada, Estabelecimento de grupos de melhoria de processos, Sistemática de análise crítica implantada.

O nível ONA 3 determina: Gerenciamento do desempenho para toda a organização, Estabelecimento de cronograma para Benchmarking dos processos/atividades críticas, Estabelecimento de cronograma para Análise Crítica dos Processos, Estabelecimento de Programa para condução de projetos de melhoria de processos.

Portanto, a proposta desta metodologia é a promoção da qualidade de vida da sociedade através da implantação e desenvolvimento de sistemas de gestão em organizações de saúde garantindo a sustentabilidade do negócio e a satisfação dos clientes, sejam eles particulares ou públicos.

Enfermeira formada pela UEMG, Faculdade de Enfermagem e Obstetrícia de Passos - MG. Mestrado em Ciências da Educação pelo Instituto Superior Pedagógico Enrique José Varona - Cuba. Especialista em Geriatria e Gerontologia pela Faculdade São Camilo - BH. Especialista em Acreditação: Gestão da Qualidade em Serviço de Saúde pela Faculdade de Ciências Médicas - BH. Experiência como docente; coordenação, supervisão e assistência em enfermagem.

13 comentários em: “Em que consiste o processo da Organização Nacional de Acreditação – ONA.

  1. Sou aluna de pós graduação hospitalar do hospital alemão Oswaldo Cruz e temos uma matéria de Qualidade e Segurança e gostaria de saber se poderia ter uma visita a vossa empresa para obter melhor conhecimento para elaboração do trabalho falando da ONA.

    1. Prezada Jolinda, nos sentimos lisonjeados com seu pedido, infelizmente não disponibilizamos dessas visitas em nossa empresa. Minha recomendação é buscar o departamento de qualidade de hospitais ou outras instituições acreditadas, tenho certeza que eles poderão ajudá-la melhor no seu trabalho. Abraço!

  2. Boa tarde, qual a bibliografia que você indica para aprofundar- se no tema acreditação? O hospital que trabalho dentro de alguns meses vai passar pelo processo da ONA e gostaria de conhecer mais. Obrigada!

    1. Já trabalhei em hospitais acreditados níveis 1 e 2 e gostaria de me aprofundar mais sobre o processo de Acreditação

  3. Bom dia,
    Gostaria que me tirasse uma dúvida.
    Se você conhece os documentos “Mapa de Processos” e “Cadeia Cliente/Fornecedor” são requisitos da ONA? Verifiquei que algumas empresas acreditadas utilizam estas ferramentas devido a algum requisito da ONA que não consegui achar no Manual.
    Atenciosamente,
    Renato Souza.

  4. Bom dia,
    Gostaria que me tirasse uma dúvida.
    Por acaso a ONA está precedida da ISO 9001:2008 ou esta é fruto de SGI?
    Qual a diferença entre uma certificação ISO 9001:2008 ou mesmo para quem possui certificação de SGI envolvendo as normas de Qualidade, Saúde e Segurança, para ONA?

    Obrigado,
    Sérgio Santos

    1. Satisfação Sérgio Santos,
      A ONA não precede a ISO 9001 e nem é fruto da SGI, são metodologias independentes. A diferença entre elas, é que a ONA vai mais além, ela busca níveis avançados de padrão de qualidade (melhoria). Quando o cliente consegue responder a todos os requisitos exigidos, ele recebe a certificação nível 1 ou 2, depois de um ano, se ele mantiver o padrão, e melhorar a qualidade, ele vai para o nível 3, e depois para o nível Internacional. E com a certificação Internacional, a empresa recebe verbas para ajuda de manutenção. Por isso a ONA é tendência de mercado.
      Um fraternal abraço, e continuo a disposição.
      Valéria Santana.

  5. A certificação ONA deveria ser obrigatória a todos os prestadores de serviços de saúde – que envolvam clinicas, laboratórios, hospitais, públicos principalmente, filantrópicos e os privados. Acredito que seria um passo importante para separar o joio do trigo e metas e prazos deveriam ser estabelecidos para alcançarmos esse objetivo o mais rápido possível. A Saúde no Brasil está cega, surda e muda. Serviu, serve e servirá sempre como “escada” para as eleições – no palanque critique a saúde e ganhe a eleição, sinto pena de quem precisa dos serviços de saúde e depende do “serviço público”. No meu estado os vereadores criaram uma CPI da saúde para fiscalizar o que eles deixaram de fiscalizar quando investidos de seus cargos de vereadores, parece piada, mas não é.

    1. Obrigada Francisco Garcia pela sua participação ela é muito importante para o nosso processo!

  6. Olá Arlete, fico contente de ter lhe ajudado com esta informação. Seja você também uma multiplicadora da mesma. Estaremos a sua disposição para mais informações que queira. Felicidades sempre e um afetuoso abraço.

  7. Gostei muito, está muito bem esclarecido e é uma dúvida que muita gente tem e que não sabem o que é ONA, seus objetivos e seus resultados que são excelentes, levando qualidade de vida a todos.

  8. O modelo de gestão proposto pelo Manual Brasileiro Acreditação é sem dúvida um caminho que traz benefícios significativos aos serviços e, consequentemente, à população. Mas entendo que a ONA deveria reforçar seu papel fiscalizador sobre as atividades que as IACs estão desenvolvendo. A Norma Operacional 13 da ONA, que dispõe sobre as IACs é clara ao dizer: “É vedado à Instituição Acreditadora possuir atividade de consultoria/assessoria relacionadas à Acreditação como um de seus produtos”. Porém isto não é respeitado pela IAC que tem mais hospitais acreditados, comprometendo seriamente a ética do processo de certificação em si, além de tornar desigual o “peso” da avaliação entre as OPSS. Mas reforço: é um excelente modelo de gestão hospitalar!

    1. Obrigado Rogério pela sua participação. São comentários como os seus que farão a diferença em todos os processos de melhorias. Certamente muito se precisa melhorar em tudo que se refere ao ser humano, mas posso lhe afirmar que a empresa que represento vem buscando a cada dia, a perfeição em tudo que se refere ao padrão de qualidade e idoneidade, junto aos seus clientes e parceiros. Um afetuoso abraço e felicidades sempre.

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