Tanto a moderna literatura científica, como os meios administrativo e econômico atuais, entendem que as pessoas são uma das partes mais importantes de uma organização e como constituição primordial de uma empresa, as denomina capital intelectual.
Ao mesmo tempo, ao se analisar que as organizações são constituídas por pessoas, deve-se também considerar o fato de que os indivíduos possuem necessidades sociais e são dotadas de percepções, sentimentos e ideias.
A maneira como as pessoas interagem geram resultados e consequências em suas atividades cotidianas, interferindo de modo preponderante na forma como executam seu trabalho e se relacionam com as instituições as quais estão vinculadas.
Nesse sentido existem fatores externos que influenciam no clima organizacional das organizações. Esses fatores são aqueles que estão fora do contexto da organização, que fazem parte do cotidiano de todo profissional, porém, que de uma forma ou de outra influenciam no resultado da equipe de trabalho.
Há muitos fatores externos possíveis que influenciam no clima organizacional de uma instituição, aqui citaremos alguns deles, para termos ideia de como eles fazem diferença no dia a dia do profissional e da equipe de trabalho.
Por exemplo, um dos fatores que influenciam no clima organizacional é o estresse com o trânsito e o transporte público. Diariamente muitos profissionais perdem tempo e paciência se deslocando entre suas residências e o local de trabalho em condições de desconforto. Isso com certeza, acaba deixando a mais de um irritado, e por mais preparados que sejam, nem sempre conseguem deixar esta irritação fora do ambiente de trabalho.
Desta forma, com este estado de espírito, o profissional fica mais sensível, e por vezes pode descontar todo o seu estresse no ambiente de trabalho e em algumas situações até sem perceber.
Outros fatores são os problemas familiares, tanto com os filhos, cônjuges, pais, irmãos, quando estes estão doentes, ou tendo problemas no colégio (caso dos filhos), ou em casos de processos judiciais, por divórcio, guarda, e outros.
Na área da saúde principalmente, muitos profissionais também correm o risco de processos judiciais por conta de um mau atendimento da própria profissão. Isso representa um fator externo muito forte e que em alguns casos desvincula o profissional da organização.
Em outros casos, fazer dois plantões seguidos em diferentes hospitais ou fazer horas extras para acrescentar a renda familiar, acaba com criar outro fator potencialmente perigoso no ambiente hospitalar, o cansaço.
Como vivemos em sociedade e todos passam por praticamente os mesmos problemas, hoje todos nossos “problemas” acabam se tornando fatores e influenciam de alguma ou outra forma no clima organizacional da empresa.
Por isso, como gestores devemos elaborar programas para auxiliar os nossos profissionais a diminuírem o estresse que passam diariamente, como ginástica laboral, implantar horários flexíveis, quando o setor permite, ajudar no transporte coletivo desde pontos estratégicos ao redor do centro de trabalho, implementar um consultório jurídico, deixar um espaço onde haja atividades para descontrair os profissionais, e até mesmo providenciar um “dormitório”, para que os funcionários possam tirar uma “soneca” durante uns minutos, pois é mais do que sabido, que todos rendem mais após um momento de descanso, e outros.
Não há como impedir que os fatores externos apareçam no clima organizacional de uma organização, mas podemos amenizar estes fatores, pensando em primeiro lugar nos profissionais que fazem a organização continuar suas atividades, pois como dissemos no início deste texto, as pessoas são partes importantes de toda instituição.
Edson Mendes de Santana
Administrador Hospitalar pelo Centro Universitário São Camilo. Ampla experiência em rotina administrativa hospitalar, negociação de valores de materiais de alto custo e atendimento ao cliente. Busca se aprimorar com conhecimentos para a gestão e motivação de pessoas no ambiente hospitalar. Experiência em relacionamento com clientes, busca de novas parcerias e negócios.