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Avaliação do Processo de Acreditação.

Mudanças são oportunidades. Em alguns casos podem ser vistas como ameaças por muitos executivos, mas todas precisam ser exploradas como uma oportunidade para fazer algo de diferente, algo de novo e, acima de tudo, para fazer algo melhor, algo mais produtivo e lucrativo (DRUCKER, 1997).

O processo de avaliação é a realização para checar se a empresa corresponde aos padrões definidos em cada nível.

Os itens existem para referenciar o processo e preparar as organizações para a auditoria, mas podem ser entendidos como uma lista de checagem como sim ou não. Eles contribuem para esclarecer o conteúdo e os requisitos dos padrões, razão pela qual o atendimento ao que estabelecem vai depender do processo de avaliação pelo qual a instituição vai passar, seja nível 1, 2 ou 3.

A acreditação não pode ser confundida com fiscalização, nem com licenciamento, uma vez que é eminentemente educativa, e não prescritível. Os itens são, portanto, uma referência orientadora, mas não a única, nem a obrigatória, nem a essencial.

O importante, realmente, é que a organização demonstre que atende aos padrões avaliados de forma consistente, baseada em evidências objetivas (BRASIL, 1998). E com tudo isto a empresa ganha no mercado sua confiança e sustentabilidade.

O certificado tem uma validade definida de, no máximo três anos. Para ser renovado, o hospital precisa ser submetido a uma nova avaliação, tão completa quanto à primeira. Durante a validade do certificado, a instituição acreditadora realiza avaliação periódica de manutenção para verificar se os requisitos continuam sendo atendidos e, assim, assegurar a confiabilidade do sistema.

As certificações de Acreditação e Acreditação Pleno têm prazos de validade de dois anos, quando o hospital deve submeter-se a um novo processo de avaliação.

A certificação de Acreditação com Excelência tem prazos de validade de três anos, em seguida o hospital deve submeter-se a um novo processo de avaliação.

Durante a vigência do prazo de validade do certificado, o hospital não pode solicitar outra avaliação, com o objetivo de alcançar acreditação em nível acima do obtido.

Segundo Nogueira (2003), a Gestão pela Qualidade Total está ligada a três importantes características. Qualidade Intrínseca, Custo e Atendimento, chamadas pelos americanos de “Big Q” e são, em geral as mais valorizadas e percebidas pelos clientes com facilidade. Existem outras duas igualmente importantes, a Segurança e o Moral, a três anteriormente citadas seriam os pilares.

A segurança refere-se tanto de quem executa o serviço quanto de quem o recebe. Naturalmente a qualidade dos serviços precisa contemplar esta dimensão. Em relação paciente (medicação correta, ausência de contaminação etc.), quanto à dos profissionais que o atende (ambiente e condições de trabalho seguro, equipamento de proteção).

Porém o alicerce que sustenta estes pilares é o moral das pessoas que desenvolvem estas atividades. Entende-se moral como sendo o coletivo de motivação, sendo necessário para se obter resultados de qualidade, é preciso haver qualidade no ambiente de trabalho: respeito ao ser humano, salário digno, atenção as opiniões emitidas, honestidade e lisura nas relações, clareza e definição de papéis.

Acreditação é uma metodologia que ainda anda em passos lentos em muitas regiões do país, mas que com certeza para um futuro muito próximo, o autoconhecimento do usuário da saúde, sensibilizará as entidades para que busquem uma nova postura.

Enfermeira formada pela UEMG, Faculdade de Enfermagem e Obstetrícia de Passos - MG. Mestrado em Ciências da Educação pelo Instituto Superior Pedagógico Enrique José Varona - Cuba. Especialista em Geriatria e Gerontologia pela Faculdade São Camilo - BH. Especialista em Acreditação: Gestão da Qualidade em Serviço de Saúde pela Faculdade de Ciências Médicas - BH. Experiência como docente; coordenação, supervisão e assistência em enfermagem.

3 comentários em: “Avaliação do Processo de Acreditação.

  1. Olá Valéria! Realmente a acreditação é um processo contínuo de mudança organizacional e sempre pra melhor. Participei ativamente em muitos, seja em hospital como na indústria farmaceutica, cada um com seu selo específico. Faço ressalva num único aspecto. É impossível ao avaliador medir e concluir de que processos (assistenciais ou não-assistenciais) são eficazes na sua plenitude, haja vista desconhecer a cultura interna que muitas vezes “escondem” as “feridas” (fraquezas) da organização. Há ainda uma distância enorme entre o ideal e o real. Já vi entidades sem selo de qualidade mas que encantam logo na recepção, e outras que ostentam selo, mas que pecam em errar nos aspectos primários.

    1. Olá Celso! Obrigado pela sua participação aqui no post. Muito relevante sua ressalva. Certamente há muitas entidades brilhantes sem certificação. Mas o mercado está cada vez mais exigente. Costumo comparar a dois competentes profissionais que atuam na mesma área, por exemplo na geriatria. Um com certificado de especialização de geriatria e o outro sem. Certamente o que tem certificado de especialista contaria mais ponto ao pleitearem uma vaga. Com certeza muito justa a pontuação. Coloco-me a disposição para somarmos e multiplicarmos informações.
      Um fraternal abraço,
      Valéria Santana.

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