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Terceirização na área da Saúde: Parceria?

O setor saúde, como qualquer setor da economia, não está à margem das transformações e pressões advindas do aumento dos custos, da política monetária e da necessidade de ser eficiente em um ambiente cada vez mais competitivo.

Tais mudanças levam a que as instituições de saúde, com o objetivo principal de reduzir custos, optem por uma das estratégias mais antigas da gestão, a terceirização de serviços. Essa terceirização pode ser de serviços de apoio, como lavanderia, segurança, limpeza, manutenção, alimentação, ou também serviços hospitalares como UTI, SADT, banco de sangue, pronto socorro, etc. Com esse objetivo, as organizações esquecem que o sistema de terceirização, envolve outros papéis estratégicos.

A essência da terceirização é a parceria entre as partes, ultrapassando a simples formalização contratual, e criando um vínculo de comprometimento, lealdade e crescimento, onde o objetivo final se transforma em qualidade, produtividade, eficiência, eficácia e, finalmente, redução de custos, para ganho e satisfação de todos os envolvidos.

Com um bom processo de terceirização, a empresa contratante otimiza a sua produtividade, qualidade, segurança, competitividade, e o lucro, através da horizontalização de atividades, simplificando a estrutura organizacional. Dessa forma, essa organização passa a concentrar seus esforços na melhor estratégia para alavancar sua atividade-fim, ou seja, a assistência ao paciente e a seus familiares.

A pesar de tudo, ainda as organizações de saúde não veem os seus prestadores de serviços terceirizados como verdadeiros parceiros.  Dessa maneira, só um lado ganha e o outro precisa se virar para executar suas tarefas e cumprir apenas o que está no contrato.

Nessa relação, também se corre o risco de que os funcionários das empresas terceirizadas dentro dos hospitais, por não terem os mesmos direitos e benefícios que os funcionários da instituição contratante, se sintam discriminados, gerando desconforto e rivalidade dentro do ambiente de trabalho.

Sendo assim, os gestores das instituições de saúde devem olhar com mais atenção para os terceiros, porque, partindo do alto escalão, poderão conscientizar seus funcionários que todos os integrantes, sejam funcionários ou prestadores de serviços, são peças importantes para oferecer um atendimento de qualidade para seus clientes.

A questão chave, nesse caso, será a otimização da gestão de pessoas, para construir equipes de trabalho, com profissionais que já trabalham na instituição, motivá-los, treina-los, assim como evitar conflitos entre os estáveis e os terceiros. Por outro lado, o contratante terá que garantir que as empresas terceiras estejam, realmente, contratando pessoas qualificadas. Tudo isso, sem deixar de lado aspectos importantes como, o financeiro, marketing, informatização, etc.

Por tanto, a parceria na terceirização é fundamental para o crescimento e comprometimento de ambas as empresas. Dessa maneira todos ganham, contratante, terceiros e, o mais importante, o paciente, que receberá um serviço de melhor qualidade.

Administrador Hospitalar pelo Centro Universitário São Camilo. Ampla experiência em rotina administrativa hospitalar, negociação de valores de materiais de alto custo e atendimento ao cliente. Busca se aprimorar com conhecimentos para a gestão e motivação de pessoas no ambiente hospitalar. Experiência em relacionamento com clientes, busca de novas parcerias e negócios.

3 comentários em: “Terceirização na área da Saúde: Parceria?

  1. Seria tão bom se a lei punisse não só, os erros dos terceirizados, mas também dos concursados. Sou prestador de saúde 4 anos, a gestão nunca escuta a gente, nós como maqueiros somos sempre humilhados, tanto por parte dos concursados, como pela gestão. Nós não podemos nos defender. Nem a lei nos defende. Tudo que acontece dentro da instituição, nunca é responsabilidade dos concursados sempre é motivo para dizer que foram os terceiros, por favor olhem por nós maqueiros que trabalhamos, com dignidade, respeito, amor, aos pacientes das unidades.

  2. No caso a tercerização não seria um trabalho “fim” prestado pelo hospital?
    Na viabilidade da terceirização, a formalização seria pelo contrato puro e simples de prestação de serviços por terceizados, ou melhor seria pora Sociedade em conta de participação.

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