Pé Diabético é o termo empregado para nomear as diversas alterações e complicações ocorridas, isoladamente ou em conjunto, nos pés e nos membros inferiores dos pacientes diabéticos.
Hoje representa uma preocupação mundial, o custo humano e financeiro dessa complicação é imenso e totalmente dependente da prevenção, da conscientização quanto à necessidade de um bom controle do diabetes, assim como da implantação de medidas simples orientadas à assistência preventiva, ao diagnóstico precoce e ao tratamento mais resolutivo nos estágios iniciais da doença.
Em um estudo feito em Sergipe, publicado nos Arq Bras Endrocrinol Metab 2008; 52/3, foram calculados o custo direto estimado no tratamento de pé diabético em pacientes internados vs o desembolso que faz o SUS. O custo estimado variou de R$ 943,72 a R$ 16.378,85, com média de R$ 4.461,04. O valor do desembolso do SUS variou de R$ 96,95 a R$ 2.410,18, com média de R$ 633,97, cerca de sete vezes inferior.
Também devemos lembrar que doenças crônicas, como o diabetes mellitus, trazem também custos indiretos. Nos Estados Unidos o custo total anual é de US$ 120 bilhões com diabéticos, 50% é o valor gasto com cirurgias, medicamentos e internações; e a outra metade é o custo indireto com aposentadorias, afastamentos, licenças, etc.
Por isso, a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Cardiovascular (SBACV) lançou o primeiro manual de tratamento do pé diabético para não especialistas, com o objetivo de fornecer orientação aos médicos e cirurgiões em geral e, enfermeiros, técnicos e toda a equipe de saúde que atende pacientes diabéticos; para uma identificação rápida, classificação do paciente de risco, tratamento precoce e educação tanto do paciente quanto a família.
No Brasil não temos dados exatos de custos globais com tratamento de diabetes mellitus, mas sabemos que essa doença representa cerca de 45 mil amputações de membros inferiores por ano. A meta com a implantação do manual é reduzir esse número pela metade.
Manual do Pé Diabético da SBACV: Clique aqui.