A cada quatro anos, entre os meses de julho e agosto, podemos ver um dos maiores eventos esportivos mundiais, cheios de determinação, garra, esforço, profissionalismo, coragem, mas um deles se destacou principalmente por um fator chamado superação. São os jogos olímpicos, e também os jogos Paraolímpicos.
Nas paraolimpíadas, efetivamente, podemos ver como os atletas paralímpicos vencem as barreiras de algumas deficiências físicas, para demonstrar que são capazes de conquistar lugares de atletas, vamos chamá-los assim, “normais”. São capazes de competir de igual para igual, sem sentimento de inferioridade, e com uma vontade enorme de vencer.
Enquanto você assistia todos esses grandes atletas competindo, sempre com o anseio de chegar em primeiro lugar, você alguma vez se perguntou, a parte de todas as características técnicas que cada um possui, o que todos eles têm em comum?
A resposta é simples, porém muito interessante, todos eles têm um coach, todos eles têm um treinador.
E o coach não é para aqueles que precisam treinar e aprender, não só para aqueles que estão começando sua carreira, é para todos, e principalmente para os atletas de elite do mundo, aqueles que treinaram a vida toda, que sabem o que fazer, que têm disciplina, que já ganharam várias medalhas de ouro. Inclusive eles precisam de um coach.
Mas, por que até os melhores do mundo precisam de coach? Se com certeza eles sabem o que precisa ser feito para treinar direito, comer direito, descansar direito e todas as outras coisas que têm que fazer para chegar a ser um atleta olímpico e quebrar recordes.
Pois bem, o coach não só diz o que tem que ser feito para ser bom tecnicamente, “ele também atua encorajando, apoiando, mantendo a motivação e acompanhando a ação e o plano de ação de seu coachee (pupilo), incentivando o seu crescimento, aumento de capacidades, habilidades, ação, conscientização de valores e maior controle emocional, por meio de técnicas que melhorem a sua performance profissional e pessoal, com foco em uma melhor qualidade de vida”.
O coach ajuda a traçar e alcançar objetivos desafiantes, metas cada vez mais ambiciosas, organizando as ideias, os sonhos e os desejos do seu pupilo e da sua equipe.
Não é em vão que todos os finais de semana ouvimos os jogadores de futebol dando entrevista e chamando o seu treinador de “professor”. Será que é só por respeito? Será que esse título de professor está bem usado? Particularmente acredito que sim, já que esse treinador não só ensina técnica e tática, também guia, orienta, aconselha e motiva esses jogadores, dentro e fora do campo. O professor, treinador, ou coach se identificam em uma pessoa só, em um líder, em um guia.
O interessante de tudo isso é que, quanto mais alto o nível competitivo da pessoa, mais ela precisa de outros componentes para dirigir sua carreira.
No mundo dos negócios na área da saúde, infelizmente ainda não compartilhamos essa visão. Estamos acostumados a confiar em nós mesmos, para tentar vencer e ter sucesso. Muitas
vezes trabalhando sozinhos e indo em direções erradas e quando percebemos voltamos e retomamos o rumo, perdendo tempo, esforço, e muitas vezes até a vontade de continuar por não saber o caminho certo. Não duvido que esse anseio possa chegar, mas evidentemente vai demorar muito mais do que com a ajuda de alguém com visão diferenciada.
Dr. Edgar Luna
Médico especialista em Administração Hospitalar e Marketing em Saúde. Autor do composto "10 P's do Marketing em Saúde". Professor do curso online Marketing Estratégico para Clínicas e Empresas de Saúde. CEO da HMDoctors, Assessor da Stratas Partners (Suíça) para o acesso ao mercado hospitalar brasileiro, Consultor de Gestão de Carreira e Marketing Médico, e Revisor de artigos e publicações sobre Gestão, Empreendedorismo e Marketing em Saúde para a revista eletrônica Gestão e Saúde da Universidade de Brasília - UNB. Formado em medicina com pós graduação em epidemiologia, formado em administração hospitalar e MBA em organizações hospitalares e sistemas de saúde pela FGV. 16 anos de experiência em hospitais públicos, privados, institutos de pesquisa clínica e consultor para empresas nacionais e multinacionais.
Com certeza, a área de saúde precisa, com urgência, de líderes com um comportamento de um coaching. Trabalhar com indivíduos que se encontram no processo do adoecer, acima de tudo, exige, daquele que cuida, saúde física e mental. Aquele que cuida, precisa estar bem, motivado, satisfeito, sendo reconhecido e assistido pelo líder, quem o representa. Quando isso acontece, transforma o trabalho num momento de satisfação e realização. Os ganhos são enormes. Paciente é assistido de forma humanizada, promovendo uma recuperação rápida e eficaz; o funcionário mantém-se saudável e motivado, a instituição de saúde e os planos de saúde reduzem custos. O ser humano é carente de afeto e realização.
Eu acredito que sim. Eu tive a oportunidade de passar por um experiencia de coaching a alguns dias atrás e foi ótimo, com o acompanhamento de um coach, pude me conhecer melhor, meus pontos fortes, meus pontos fracos, quais os meus objetivos, entre outros. Eu recomendo.