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6 Dicas para aproximar os Profissionais da Saúde à Tecnologia.

Por que os profissionais de saúde ainda são tão resistentes à tecnologia e a mudança na forma como praticam medicina? A resposta certamente não é única, porém nesta matéria gostaria de ajudar aos empreendedores de tecnologia em saúde a compreender melhor seu público com algumas dicas:

1. Fazer pesquisas de mercado. Desde quando uma droga está sendo estudada, já temos notícias dos seus benefícios  e os laboratórios começam a fazer pesquisas de mercado para saber a opinião dos principais stakeholders. Não deve ser diferente para um aplicativo de ECG, por exemplo, cujo uso poderia descartar um infarto do miocárdio. Desde o começo do projeto o fabricante deve investir em pesquisas de mercado que o ajudem a conhecer melhor seu público-alvo e direcionar seu desenvolvimento.

2. Estar presente onde seu público-alvo está. A tecnologia de aplicativos na saúde se centraliza muito em feiras de tecnologia tipo Health 2.0, onde se apresentam os últimos avanços dos produtos. Porém estar nas conferências das sociedades médicas mais relevantes para seus produtos é muito importante, sobretudo porque vai romper barreiras entre os professionais da saúde e a tecnologia e se aproximar diretamente aos líderes de opinião e de pensamento médico em suas respectivas comunidades.

3. Desenvolver projetos no idioma materno do seu público. Uma das principais barreiras para a expansão da tecnologia na área da saúde é o idioma da plataforma ou do aplicativo. Muitas vezes os profissionais de saúde em situação de urgência ou emergência precisam agir em questão de segundos, e pensam, logicamente, no seu idioma materno, não estão dispostos a perder tempo traduzindo softwares.

4. Entender o sistema regulatório. Infelizmente para o desenvolvimento do mercado da área da saúde, os órgãos regulatórios impedem muitas inovações e com isso os profissionais da saúde têm medo de mudar. Ultimamente percebo que alguns projetos e a regulamentação são como óleo e água. Porém, podem existir brechas a serem tomadas para atuar de forma lícita.

5. Falar a mesma linguagem que seu público. A pesar de que os profissionais de saúde estão acostumados com nomes complicados que aprenderam na anatomia, fisiopatologia e mesmo com muitos medicamentos do mercado, se complicam quando escutam nomes como crowdsourcing, interface, social media, data base, ou mobile. Ao se sentirem fora do seu ambiente ficam vulneráveis e céticos.

6. Dar treinamento e suporte. Como qualquer produto que é vendido no mercado, os produtos tecnológicos precisam de um treinamento para que os profissionais de saúde se sintam a vontade para usar o software e também de um suporte que lhes permita esclarecer qualquer dúvida a qualquer momento.

Médico especialista em Administração Hospitalar e Marketing em Saúde. Autor do composto "10 P's do Marketing em Saúde". Professor do curso online Marketing Estratégico para Clínicas e Empresas de Saúde. CEO da HMDoctors, Assessor da Stratas Partners (Suíça) para o acesso ao mercado hospitalar brasileiro, Consultor de Gestão de Carreira e Marketing Médico, e Revisor de artigos e publicações sobre Gestão, Empreendedorismo e Marketing em Saúde para a revista eletrônica Gestão e Saúde da Universidade de Brasília - UNB. Formado em medicina com pós graduação em epidemiologia, formado em administração hospitalar e MBA em organizações hospitalares e sistemas de saúde pela FGV. 16 anos de experiência em hospitais públicos, privados, institutos de pesquisa clínica e consultor para empresas nacionais e multinacionais.

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