Com o avanço tecnológico, a internet tem aumentado abruptamente o acesso de pacientes às informações que, até há alguns anos eram exclusivas dos profissionais de saúde que os atendiam.
Saiba que a saúde é uma das áreas que mais apresenta informações no mundo virtual, onde não só os pacientes, mas também familiares e amigos, tentam encontrar respostas, e ter um maior conhecimento para alguma condição de saúde ou doença.
De cada 20 pesquisas feitas no Google, uma é sobre saúde, correspondendo a 5% de todo o volume de buscas do site.
As pessoas também usam a internet, para buscar respostas e esclarecer suas dúvidas sobre os assuntos que foram abordados durante uma consulta ou uma hospitalização. Em outros casos, os pacientes a utilizam como instrumento para preparar seus argumentos para uma próxima consulta e, assim poder questionar melhor o médico e interagir com ele.
De posse dessas informações, os pacientes conseguem dialogar mais, fazer perguntas e entender com mais clareza o diagnóstico, exames e até o tratamento que será proposto.
Alguns especialistas esperam que a internet seja um espaço de disseminação de informação verdadeira e debate sobre os temas de interesse para os diferentes grupos de pacientes. Isso também possibilitaria a troca de informações e de experiências entre pacientes e médicos, não só no coletivo, mas também em relações privadas, como se faz no espaço do consultório médico.
Para os pacientes, isso lhes permite colocar a balança em um ponto de mais equilíbrio, porém dentre os profissionais da saúde, há quem diga que o acesso a informação pode colocar em xaque a relação médico-paciente.
Apesar disso, não podemos negar, que no Brasil, cresce o número de pessoas que usam a internet como fonte de pesquisa para procurar informações sobre saúde e doenças. Nos Estados Unidos a pesquisa em mecanismos de busca é a segunda atividade mais popular entre os internautas, ficando atrás atrás apenas do e-mail.
Por outro lado, assim como os pacientes buscam informações na internet sobre suas doenças, também compartilham seu sofrimento, sua dor, preocupações e as incertezas da sua situação, a maioria das vezes, por não terem alguém perto para dividir esse sentimento ou em alguns casos, para colocar suas experiências como prova e exemplo de superação para o próximo.
Por exemplo, de acordo com uma pesquisa realizada pela Minneapolis Marketing Research, 40% das condições médicas que são reveladas na internet, pelos próprios pacientes, são relacionadas ao câncer, 16% a diabetes e 5% estavam relacionadas a doenças sexualmente transmissíveis, como HIV.
Ainda a pesquisa revelou que, as pacientes com câncer de mama representavam a mesma porcentagem que todos os pacientes com outros cânceres, como de próstata, câncer de cólon, leucemia, câncer ósseo, linfoma não-Hodgkin, câncer de pulmão, câncer de pele, câncer pancreático, câncer testicular e câncer no cérebro.
E, quais são as mídias mais usadas pelos pacientes para compartilhar suas histórias pessoais de saúde? Segundo relatórios, ainda os blogs pessoais são a plataforma mais popular para auto divulgar seus diagnósticos e suas histórias, representando 50% do total de pacientes, seguido por grupos no Facebook em 30%, e 7% no Twitter.
Definitivamente a internet mudou a forma como os pacientes têm acesso à informação sobre saúde e a mídia social está mudando a forma como eles procuram conforto e ajuda durante esses tempos difíceis.
Por tanto, fazer pesquisas de mercado e um bom monitoramento dos nossos pacientes no mundo virtual, nos permitirá oferecer, não apenas, melhorias na qualidade dos cuidados de saúde, mas também, um acesso a informação confiável e ferramentas web para que eles possam continuar seu tratamento psíquico e físico em todo momento.